Sobre cavaleiros, castelos e o cultivo da consciência histórica: “Monty Python - Em busca do cálice sagrado" como proposta pedagógica para o ensino do Medievo Ocidental em sala de aula - Alexandre Silva & Luiz Carlos Santos

 Alexandre Luiz da Silva

Graduando em Licenciatura em História pela Universidade de Pernambuco/Campus Mata Norte. Email: alexandreluiz2000@outlook.com


Luiz Carlos Santos
Graduando em Licenciatura em História pela Universidade de Pernambuco/Campus Mata Norte. Email: Luiz-joy@hotmail.com


Frente às constantes reconfigurações no que diz respeito ao ensino de História em sala de aula, há um cenário onde cada vez mais se necessita de ferramentas auxiliares que contribuam para a formação humanística do aluno e que, de igual forma, torne o ensino de História atrativo e prazeroso. Diante dessas necessidades, o audiovisual tem se mostrado uma interessante ferramenta para o ensino de História tornando-se, segundo José Maria Gomes de Souza Neto “tijolos construtores da consciência histórica”(NETO, 2019, p. 163) e que fora possibilitada pela modernização dos meios de divulgação do conhecimento e da tecnologia: 


A primeira década do novo milênio trouxe a internet para os bolsos de todos, manifestada em inúmeros avatares, do WhatsApp ao Facebook; a indústria do audiovisual experimentou uma mudança brutal, que primeiro matou os CDs, depois, DVDs e locadoras: sites (o mais famoso deles o Piratebay) oferecem arquivos torrents com filmes, séries, espetáculos e legendas, isso sem falar em páginas de streaming online, nas quais nem sequer é necessário fazer o download do programa para assisti-lo. (NETO, 2019, p. 163)


Essa diversificação dos meios de acesso aos bancos de imagem, do qual José Maria se refere, reflete um fator de grande importância para a formação humanística do aluno uma vez que esses possuem uma maior familiaridade com as novas tecnologias, que por sua vez atribuem ao público discente o cultivo de uma consciência histórica, uma vez que os audiovisuais de forma geral passaram a ser “o contador de História para as massas”(NETO, 2019, p.163). 


Trazendo essa ferramenta ao contexto escolar para a disciplina de História e especificamente a abordagem de História Medieval, evidencia-se um certo interesse do público pela temática que em muitas das vezes se dá de forma equivocada ou incompleta, seja pela reprodução midiática do passado através das telas do cinema ou pelos mais variados aprendizados extramuros (que vão além dos muros das escolas).


É verdade que a imagem da Idade Média é ambígua. Na Europa, pelo menos, os castelos fortificados atraem a simpatia dos alunos e os cavaleiros da Távola Redonda têm ainda alguns adeptos, enquanto a organização de torneios cavaleirescos ou de festas medievais parece ser um eficaz argumento turístico, inclusive nos Estados Unidos. Crianças e adultos visitam as catedrais góticas e são impressionados pela audácia técnica de sues construtores: os mais espirituosos impregnam-se com deleite da pureza mística dos monastérios românicos. O caráter bizarro das crenças e dos costumes medievais excita os amadores do folclore; a paixão pelas raízes, exacerbada pela perda generalizada de referências (BASCHET, 2006, p.23)


Cercada, então, das mais variadas características gerais, a História do medievo, que nesse trabalho condiz especificamente com o Medievo Ocidental, pode ser discernida através das inúmeras narrativas: fílmicas, teatrais, textos literários e etc. Para a abordagem que pretende-se seguir nessa escrita, acreditamos que a película Monty Python and the Holy Grail (Monty Python - Em Busca do Cálice Sagrado) produzida no ano de 1975 sendo a comédia o seu gênero principal, constitui um interessante arcabouço didático para utilização em sala de aula. Comecemos, pois, com uma ponderação breve acerca do personagem principal (Rei Arthur) e em seguida de alguns elementos do filme, os quais podem ser utilizados como fatores discursivos em sala de aula. 


Existem inúmeras representações acerca do personagem Rei Arthur e os cavaleiros da Távola redonda assim como as histórias que envolvem o Cálice Sagrado. Segundo Elizabeth Archibald e Putter (2009) “Lazamon, um padre de Worcestershire, e um dos primeiros escritores a recontar as lendas do Rei Artur, enfatizou que o lendário rei e seus atos heroicos serviriam de fonte para novas histórias” (ARCHIBALD E PUTTE, 2009. p.1). Fictício ou não, a lenda do Rei Arthur não só faz parte da cultura europeia, mas faz parte da cultura mundial como argumenta Archibald e Putter (2009). Lembrado por ser o escolhido para portar a lendária espada Excalibur, e por consequência se tornar o rei dos bretões, ou até mesmo, por sua ligação com grande mago Merlin, como na versão escrita pelo escritor inglês Bernard Cornwell, porém foi no século XV que na pena de Sir Thomas Mallory, viria surgir à obra “Le Morte D´Arthur”, a qual ganhou destaque com o movimento romântico do século XIX, o qual buscava na Idade Média o ideal de cavaleiro, tal qual é facilmente visto nas produções hollywoodiana. Para Barry Windeatt (2000. p. 96) essa mistura entre história e aspectos românticos do século XV ocasionou uma intertextualidade a qual possibilitou ver as diferentes hipóteses acerca dos feitos de Arthur.


Já no que diz respeito ao Santo Graal, sua origem é muito mais remota, sendo uma das principais lendas do período medieval, sendo ele o cálice utilizado por Jesus Cristo na última ceia, ou por José de Arimatéia para colher o sangue de Cristo durante a sua crucificação. No entanto foi na Idade Média que esse artefato sagrado do cristianismo viria ganhar ênfase na cultura social, após a sua assimilação com o “Caldeirão da abundância” elemento pertencente à cultura celta como argumenta a Historiadora Adriana Zierer “o caldeirão mítico da abundância pertencente à cultura celta teria passado por um processo de sincretismo, durante o processo de cristianização da Europa dando origem ao Santo Graal” (ZIERER, 2011, p. 75). O primeiro autor a usar o termo “graal” foi Chrétien de Troyes na obra Li Contes du Graal, escrito entre 1181 e 1185. Ainda na perspectiva de Zierer (2011) o caldeirão da abundância está associado ao rei Artur desde o século X. Quando o poema galês Preideu Annwvyn (Os Despojos do Outro Mundo), contido no livro de Taliesin, Arthur e seus nobres guerreiros viajam até o outro mundo celta para tentar levar o caldeirão até o deus Bran, no entanto, não são bem-sucedidos e somente o rei e sete dos seus guerreiros retornam com vida (ZIERER, 2011, p.76-77): “Era o caldeirão do Chefe do Outro Mundo que foi procurado — uma crista de pérolas [estava] em volta de sua borda. Ele não cozinha a comida de um covarde, não está destinado a isso.[...] e quando fomos com Artur — uma tarefa brilhante —, exceto sete, ninguém voltou da Fortaleza da Intoxicação”. (Preideu Annwvyn, 1995, p. 290-291 apud ZIERER, 2011, p.77).


Diante das possibilidades de existência e não existência, tanto do Santo Graal como a do próprio Rei Arthur, o único fato é que todas as histórias e estórias que dão origens as lendas permanecem no imaginário popular, e dessa forma é possível ver seus reflexos nas representações artísticas, sendo a produção fílmica Em Busca do Cálice Sagrado uma delas. 


O uso de obras cinematográficas no estudo do passado se apresenta promissor, levando em consideração a ajuda que o recurso áudio visual traz consigo, de acordo com o historiador Jacques Le Goff, uma história sem imaginário é “desencarnada” sendo esta uma imagem necessária para compreender o medievo para além da representação gráfica (LE GOFF, 1995), portanto, podemos acessar o imaginário medieval através de obras que apresentam alguma ligação com temporalidade histórica de maneira a construir pontes epistemológicas que fomentam na produção de conhecimento. 


Mesmo que a obra seja um filme de comédia, com efeitos exagerados (de forma proposital), e que apresentando equívocos e anacronismos intencionais, cabe salientar que tais termos citados se referem ao campo da historiografia, de maneira a respeitar a criatividade da obra cinematográfica, mas, ao tomar sua totalidade, o filme se apresenta uma obra rica em detalhes que através das ironias e sátiras constrói uma reflexão não só, sobre a Idade Média, mas para além e de forma escancarada, sobre a forma com que as telas cinematográficas representam esse período de Medievo Ocidental de forma estereotipada. 


Como primeiro elemento evidente do filme, há uma vital referência as cidades medievais. Expondo uma cena rica em detalhes, a cidade exibida está visivelmente imunda, sem nenhuma preocupação sanitária, ruas sujas, pessoas sujas e que passam um aspecto de enfermidade. Essa representação da cidade imunda vai ao encontro da fala do historiador Lewis Mumford (1998) ao afirmar:  


Como todas as demais caracterizações da cidade medieval, a saúde é um tema difícil de tratar, por causa da ampla variedade que existe, não apenas entre países, mas entre municipalidades a um dia de caminhada uma da outra. Não existem apenas diferenças marcadas entre as próprias cidades durante o mesmo período, mas na mesma cidade em diferentes períodos. Além disso, devemos recordar que práticas inteiramente inócuas, numa pequena população rodeada por bastante terra aberta, tomavam-se imundas, quando o mesmo número de pessoas se amontoava numa única rua, haja vista Cambridge, onde, segundo Coulton, permitia-se o acúmulo de uma pilha de esterco nas vias públicas, que só era removido de semana em semana. Talvez não tenha sido por acaso que um parlamento reunido em Cambridge, em 1338 aprovou a primeira lei sanitária urbana da Inglaterra (MUMFORD. 1998, p.314).


Ainda nessas primeiras cenas do filme, nota-se mais um elemento que merece atenção: uma carroça cheia cadáveres transportados por um “fiscal dos mortos”, podendo se entender esse elemento como uma sátira as péssimas condições de saneamento e higiene das cidades medievais, sendo esses fatores juntamente as proliferações de doenças (dentre elas a peste negra) um dos principais causadores das mortes dentro das cidades.


Um bom exemplo de cena cômica a se discutir acerca dessas questões de sanitização, epidemias e desenvolvimento da medicina se dá ainda nessas cenas iniciais do filme, onde em diálogo, um coadjuvante tenta entregar um parente que está doente (porém vivo) ao carroceiro (fiscal dos mortos) o qual difere um golpe letal sobre o enfermo sobre a justificativa de que o personagem já não tinha tanto tempo de vida. Para que compreendamos essa narrativa, faz-se necessário um entendimento acerca da medicina nesse período. Na Idade Média, a medicina ainda não havia desabrochado de forma efetiva, logo, ficar doente era sinônimo de morrer, visto que assim como afirma Jacques Le Goff (1998) não havia meio seguros de tratamentos, e os que disponíveis não eram de muita valia, como afirma o autor:


“Não há médicos bastantes e com conhecimentos suficientes, não há equipamentos. Dois tipos de tratamentos fundamentais são desde logo realizados em quase todos os casos: de um lado praticar a sangria, e, de outro, examinar urinas. O exame das urinas, e o diagnóstico que dele resulta mesmo vindo de pessoas que haviam adquirido alguma formação, é, segundo nossos critérios, um ato de charlatanismo. Mas isso é considerado, na Idade Média, um ato científico [...] pela falta de conhecimentos suficientes do ponto de vista médico, não se sabe curar. Ficar doente é um desastre [...]” (LE GOFF, 1998, p. 82). 

Seguindo para um outro elemento discursivo, e agora sobre a questão da inquisição na Idade média, em uma das cenas que se sucedem dentro do filme aparecem monges caminhados e rezando em latim, em seguida uma multidão caótica exigindo o julgamento de mulher suspeita de ser uma bruxa. Novamente a obra faz uma crítica escancarada direcionada a lógica deturpada usada nos julgamentos pela na Idade Média. Na cena a mulher é exibida usando um chapéu e nariz típico da representação estereotipada da figura do que seria uma bruxa segundo a lógica da idade Média, mas sobretudo do exagero cinematográfico.


A questão da acusação de bruxaria infere num dos medos do homem medieval, o sobrenatural e as feiticeiras, associadas ao mal, como argumenta o Jean Delumeau (2009).  Segundo Bras (2013) mesmo não existindo lógica no julgamento por outro lado, remete-nos ao quadrado de Aristóteles, o que, em suma, pode ser um resumo distorcido dos modelos filosóficos predominantes na Idade Média: A Patrística e a Escolástica.  Naquele momento não havia uma instituição responsável por julgar e condenar as pessoas, porém segundo o historiador Lewis Murnford , tão logo a Inquisição teve início, no século XIII, chegou-se a inventar engenhosos aparelhos mecânicos próprios para realizar a tortura de suspeitos de heresia, a fim de obrigá-los à confissão (MURNFORD. 1998. P, 34). 


“[...] clima favorecia, sobretudo o crescimento florestal.  Durante todo este período, a floresta parece ter dominado toda a paisagem natural. [“...] Até finais do século XII, a proximidade de vastas reservas florestais refletia-se em todos os aspectos da civilização” (DUBY, 1978, p. 17). No que tange as paisagens medievais a obra Em Busca do Cálice Sagrado, se encarrega de trazer ricas imagens de planícies, florestas, castelos, cidade. Apesar de a obra  contar com um orçamento reduzido de forma intencional, a produção consegue trazer um cenário coerente , pois, esses espaços compõem o imaginário da Idade Média, já que é neles que ocorrem as dinâmicas sociais.


Ao fim da Película, e mais uma vez trazendo uma análise de recortes do filme, Há uma falta de um fim para essa narrativa, pois o que  seria um palco para uma  grande batalha entre ingleses e franceses, logo se transforma num cenário de prisões, entrelaçando o filme com elementos contemporâneos (a polícia e os repórteres filmando as prisões) cometendo de forma totalmente intencional um anacronismo, contudo, mesmo com toda essa confusão o filme usa essa cena para fazer crítica acerca do alcance ideológico que as produções cinematográficas podem exigir sobre o público. Todo esse cenário de ironias e sátiras, improvisações e críticas da obra, possibilitam o seu uso nas salas de aulas como documento discursivo mediante a análise de seu enredo.


Cabendo como última etapa dessa escrita e, agora, lançando um olhar pedagógico através da análise do filme, a incógnita a ser respondida é: como aplicar essa película em sala de aula e estabelecer discussões frente as demandas escolares e curriculares vigentes?


São variadas as formas e finalidades da aplicação de audiovisuais em sala de aula. A fim de afunilar essa proposta pedagógica de modo com que fique mais objetiva, nos ateremos (em forma de exemplificação) as turmas de Ensino Médio utilizando como base o desenvolvimento da habilidade (EM13CHS103) da Base Nacional Curricular Comum (BNCC):


(EM13CHS103)Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros. (BNCC, 2017, p.572)    


Como primeiro passo para que haja uma aplicabilidade efetiva, cabe ao profissional de educação em História ter uma seguridade da fonte da qual vai dispor como ferramenta de ensino, conhecendo não só a temática da obra, como o contexto social da produção e as simbologias que circundam o filme. Segundo Circe Maria Fernandes Bittencourt:


[...] Deve-se considerar a equipe de produção, e não meramente a intenção do diretor do filme, o qual dessa forma se associa a uma história de técnicas de comunicação; assim a leitura do filme deve-se ater a cada elemento constitutivo da arte cinematográfica, ás técnicas de sua produção, aos grupos sociais que interagem em sua elaboração, à política cultural, à sociedade que a produz e a consome, atentando para todas as variáveis sociais, culturais e ideológicas. (BITTENCOURT, 2008, p.374)


Outro fator que abastece o professor é a habilidade em estabelecer recortes temáticos fazendo com que haja uma otimização de tempo em sala de aula, elencando os principais pontos que se deve abordar frente as prescrições curriculares, fazendo com que a reprodução da película nas aulas não seja meramente recreativa evitando, assim, a fuga da ideia central de inserção de ferramentas que auxiliem no aprendizado efetivo dentro da sala de aula.


Acerca desses recortes do qual o professor deve se armar frente ao filme e ao público ao qual se destina a aplicação, Circe Bittencourt oferece uma forma de se pensar esse método educativo ao trazer o discernimento de Carlos Visentini. Segundo esse historiador, os filmes podem ser considerados como “textos” e nessa condição, o professor de História pode fragmentá-lo de acordo com os pontos de maior relevância: 


“Trata-se de subdividir o filme em vários blocos, em pequenas cenas, atendendo a interesses de conteúdo. É difícil sua efetivação em sala de aula dado o tempo exigido. Mas por ela o professor amplia tanto o seu domínio sobre o filme quanto define melhor uma bibliografia de leitura prévia para o trabalho com o filme”(VESENTINI, 1997, p.165 apud BITTENCOURT, 2008, p.377).


Muito embora, a inserção desse pensamento de Vesentini evidencie complicações de um tempo um pouco mais recuado considerando as constantes evoluções dos meios que possibilitem os acessos aos bancos de imagem e as reconfigurações das bases curriculares, a preocupação com a questão que diz respeito ao tempo pedagógico ainda é algo do qual o professor deve se atentar e que segundo José Maria é uma variável fundamental e “qualquer que seja a proposta educativa elaborada, precisa se enquadrar nesses limites” (NETO,  2014, p. 12), limites esses dos quais o professor não deve se abster a fim de efetivar tanto a análise do filme como a leitura complementar, seja de textos pré-selecionados ou o próprio livro didático.   


Diante dessa possibilidade de fragmentação, o professor consegue estabelecer um roteiro de aula, trazendo os aspectos principais para que os alunos, diante da obra, possam absorver conhecimentos através do debate crítico. O último passo após a criação de um roteiro e aplicação desses fragmentos do filme em sala de aula é o estabelecimento de um método avaliativo, seja esse formulado através de roda de debates, produção textual e etc. A finalidade que aqui se busca é a de capacitar o aluno de um pensamento crítico em cima da contextualização de forma com que ao final da concretização desse “ciclo” o aluno, de forma lúdica, tenha seguridade do tema, absorvendo a maior quantidade possível de informações.  Como bem nos oferece José Maria: “[...]é importante que o futuro professor saiba quais habilidades deve instigar em seus alunos, quais perguntas deve esperar que, ao final do processo, eles saibam responder ou quais reflexões eles serão capazes de levar a cabo” (NETO, 2014, p.13).


Por fim, a escrita que aqui se finaliza não ambiciona oferecer um método fixo para aplicação de audiovisuais em sala de aula. O intuito principal é incentivar a utilização dessas variadas ferramentas que estimulam a participação do aluno na construção de uma consciência histórica, tornando prazeroso o ato de aprender no que diz respeito a disciplina de História e sobretudo a História do Medievo Ocidental da qual herdamos as mais variadas características. 


Filmografia 

MONTY PHYTON. Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Gilliam, Terry Jones, Michael Palin Monty Python and the Holy Grail. Python (Monty) Pictures Ltd. (1975), (91 min.), son., color.


Referências Bibliográficas

ARCHIBALD, Elizabeth; PUTTER, Ad. The Cambridge Companion to the Arthurian Legend. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2005. 408p.

BASCHET, Jérome. A Civilização Feudal. Do ano mil à colonização. São Paulo: Globo, 2006.

BRAS, Helayne Xavier. A idade média na perspectiva do humor e o fazer histórico a partir da leitura cinematográfica. Aedos no 13 vol. 5 - Ago/Dez 2013. Disponível em :<https://seer.ufrgs.br/aedos/article/download/36863/28059>, acesso em: 12/08/20

CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Tradução Maria Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.

DELUMEAU, Jean, 1923- História do medo no ocidente 1300-1800: uma cidade sitiada / Jean Delumeau ; tradução Maria Lucia Machado ; tradução de notas Heloísa Jahn. — São Paulo : Companhia das Letras, 2009. p.548-576.

DUBY, Georges. A Europa na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

_________. As três ordens ou o imaginário do feudalismo. Lisboa: Estampa, 1982. _________. Guerreiros e camponeses. Os primórdios do crescimento econômico europeu. Séc. VII-XII. Lisboa: Editorial Estampa, 1978. 

KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. São Paulo: EDUSC, 2001.

LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1983.

_________. O imaginário medieval. Lisboa: Estampa, 1995.

_________. Os Intelectuais na Idade Média. Lisboa: Editorial Estúdios Cor, 1973. [Brasiliense, 1995; José Olympio, 2003]

_________. Para Um Novo Conceito de Idade Média: tempo, trabalho e cultura no Ocidente. Lisboa: Estampa. 1980.

_________. Por Amor às Cidades. Conversações de Jean Lebrun. São Paulo: Ed. Unesp, 1998.

MUMFORD, Lewis.1895- A Cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas / Lewis Munford: [tradução Neil R. da Silva]. – 4ª ed.- São Paulo :Martins Fontes,1998. –(Ensino Sperior). P. 307-349.

NETO, José Maria Gomes de Souza. O ENSINO DE HISTÓRIA E O INFINITO BANCO DE IMAGENS: Êxodo, Deuses e Reis (2014). Outros Tempos, vol. 16, n. 28, 2019, p. 162 - 183.Disponivél em:< https://www.outrostempos.uema.br/OJS/index.php/outros_tempos_uema/article/view/710> .Acesso em: 09/08/2020. 

NETO, José Maria Gomes de Souza. O Teatro Ateniense na Formação do Historiador. Boletim Historiar, n. 04, jul./ago. 2014, p. 3-19. Disponivél em: <http://seer.ufs.br/index.php/historiar > Acesso em: 09/08/2020.

SA, Márcia Manir; VIEIRA, Ana Lívia; ZIERER, Adriana (orgs.). História Antiga e Medieval. Simbologias, Influências e Continuidades: Cultura e Poder. Vol. 3. São Luis: Editora UEMA, 2011.


Legislação

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. 2017. Disponível em:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 11/08/2020.  598 P.

Comentários

  1. Bom dia ! Que tipo de aproximações, relativizações e cuidados devemos tomar ao utilizarmos em sala de aula, filmes como o “Monty Python - Em busca do cálice sagrado", como um dos recursos de estudo para Idade Média ?

    André Luiz Garrido Barbosa.

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    1. Boa noite, André! Tudo bem? Agradecemos a leitura do texto.
      Acerca dos cuidados do qual o profissional em educação em história deve tomar, acreditamos que uma “filtragem” da fonte seja um dos principais passos a serem tomados, levando em conta que se tratando de um audiovisual a ser aplicado em um curto espaço de tempo, esse mesmo deve sofrer recortes, separando e excluindo as cenas meramente “recreativas” das cenas que contribuam para a discussão da temática medieval em sala de aula”, a fim de não fugir do objetivo principal. Desse modo, selecionar, organizar e discernir cenas recortadas, possibilita ao professor a efetivação de uma aula que seja mais prazerosa e atrativa para o aluno, visando sempre a aproximação dessas cenas recortadas com os descritores a serem trabalhados pelas grades curriculares ofertadas pelas instituições de ensino.
      Att. Alexandre Luiz da Silva

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  2. Parabéns pelo texto. Entendendo que o cinema representa e inventa e o próprio processo historiográfico também cria tanto os períodos históricos como sua representação, gostaria de saber se você se questiona acerca de que idade média o filme está representando. Ainda, que interesses podemos observar a partir de tal escolha de representação?
    Obrigada!

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    1. Boa noite! Tudo bem? Agradecemos a leitura do texto.
      Bem, vamos por partes. A obra em sua maior parte traz uma ambientação rural, campos, florestas, castelos e cidades pequenas, o que nos leva a pensar no período conhecido como “Alta Idade Média”, que numa visão positivista, se estende do século V ao IX. Essa ideia de “Alta Idade Média “ é reforçada quando no início da obra e apresentado que a narrativa se passa no ano de 932 A.D., Contudo, a película a borda diversas temáticas dentro da temporalidade em que consiste o medievo, possibilitando a ligação da narrativa com diferentes períodos. A obra em questão possibilita trabalhar o medievo de forma a construir um senso crítico através das ironias e sátiras que o filme usa de forma intencional afim de romper estereotipada de se pensar a Idade Média.

      Att. Luiz Carlos Santos

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  3. Há alguma experiência de algum dos dois com as propostas feitas?
    Se há, como foi a receptividade das turmas com o tema abordado.
    Caso não tenham experiência em sala de aula há intenção ou programação de realizar essa experiência (aplicar as sugestões levantadas em sala se aula) como parte de algum trabalho(monografia, artigo etc) em desenvolvimento?

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    1. Boa noite, tudo bem?
      Acerca da aplicabilidade em sala de aula, ambos tivemos breves experiências com aplicabilidade de audiovisuais. Esse quem vos responde (Alexandre Luiz), já aplicou alguns desses recursos em sala de aula através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) utilizando dos mesmos embasamentos teóricos e metodológicos descritos nesse trabalho, muito embora o filme em questão (Monty Phython – em busca do cálice sagrado) ainda não fora aplicado efetivamente, desse modo o texto que se segue, longe de ser um relato de experiência, é uma produção com fins de oferecer ao leitor um método (dentre os mais variados já existentes) de como se aplicar uma película em turmas do ensino fundamental. Utilizando das nossas experiências, sobretudo com o ensino fundamental, concluímos que os alunos aos quais já aplicamos esse tipo de ferramenta, tiveram uma maior flexibilidade com o aprendizado e se tornaram mais participativo na relação de ensino e aprendizagem. Por fim, concluímos que esse texto foi redigido frente a nossa admiração pela temática de Medievo Ocidental e não representa, efetivamente, nossas áreas de pesquisa, muito embora o tema seja recorrente para ambos. Agradecemos a leitura! Forte abraço.
      Att: Alexandre Luiz da Silva

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  4. Bom dia. Ótimo trabalho o de vocês, sobre um filme pouco conhecido nos dias de hoje. Meu comentário/pergunta vai focar em outro filme do Monty Python , A Vida de Brian, onde Brian é confundido com o Messias e ao longo do filme ele à contra gosto adquire vários seguidores. Tem uma passagem do filme onde Brian deixa uma trepadeira e em seguida uma sandalia para trás e alguns dos seguidores acham que a trepadeira é um sinal divino e outros que a sandália é o sinal divino; notamos que de forma satírica esse filme já nos mostra de como um objeto pode adquirir varios tipos de discursos sobre ele, mediante a várias interpretações ímpares, narrativas diferentes de um mesmo mito, assim como em O Cálice Sagrado. Portanto , vocês concordam que assim como O cálice Sagrado, outros filmes de Monty Python poderiam/deveriam ser usados em sala de aula para discussões, como por exemplo, criação de mitos, motivos das variações do cristianismo etc. ?

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    1. Olá Leonardo, tudo bem? Agradecemos a leitura do nosso trabalho!
      Assim como o “Em Busca do cálice”, Monty Python em “A Vida de Brian” é outro grande clássico o qual já contemplamos e debatemos em conjunto. Veja, assim como todo o filme a ser aplicado em sala de aula, é necessário uma filtragem e decodificação dos símbolos de forma com que o aluno consiga compreender o contexto e a mensagem nele inserido. No caso especifico de “A vida de Brian”, muito embora essa película de fato evidencie questões como a formação do mito e características gerais do cristianismo, acreditamos que a sua aplicabilidade possa ser dificultosa, já que o filme apresenta uma linguagem “provocativa” acerca de alguns temas sensíveis, podendo causar uma má aceitação do público ao qual se emprega e, desse modo, haverá um afastamento do objetivo principal que é facilitar o entendimento e torna-lo prazeroso frente a demanda curricular e o pouco espaço de tempo ofertado. Desse modo (e agora falando de uma maneira geral acerca dos filmes) cabe ao profissional de História, ainda, saber escolher o filme de acordo com o público ao qual ele se aplicará (a faixa etária pode ser um fator de grande importância para esse quesito), se questionando se a película em si vai prender a atenção do aluno e se esse vai reagir de forma positiva ou negativa. Agradecemos bastante a indagação e esperamos ter conseguido responder seu questionamento! Forte abraço.
      Att: Alexandre Luiz da Silva

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  5. Olá, Alexandre e Luiz.

    Primeiramente, gostei bastante da proposta de vocês, afinal de contas Monty Python é um clássico.

    Uma sugestão, caso vocês queiram prosseguir com essa iniciativa, é talvez utilizar um filme mais "padrão Hollywood". Eu acho o humor desse grupo britânico ótimo, mas penso que dependendo da sala de aula onde ele for exibido pode ser que a recepção não seja tão boa, já que é um estilo diferente daquele que os alunos estão acostumados.

    Nesse sentido, uma opção que pensei é o "Coração de Cavaleiro" (A Knight's Tale, 2001, Brian Helgeland) que também vai um pouco pelo lado do anacronismo "escancarado", como em uma das cenas iniciais onde uma multidão de aldeãos canta uma música do Queen.

    Um outro ponto é que senti falta de alguma referência ao livro "Como usar o Cinema na Sala de Aula" do Marcos Napolitano. Se vocês pretendem investir nessa temática é uma leitura essencial.

    Parabéns pelo trabalho!

    Ramiro

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    1. Boa noite, Ramiro! Tudo bem? Agradecemos bastante o feedback.

      O uso do filme “ Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado” segue nesse texto como uma das mais variadas ferramentas fílmicas para o ensino de História Medieval e, nesse ponto, agradecemos a recomendação fílmica a qual nos acrescentará mais uma película em nossos “arsenais” de propostas pedagógicas a serem desenvolvidas. Agradecemos as recomendações e a indagação no geral! Forte abraço.

      Att: Luiz Carlos Santos

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  6. Olá, achei ótimo o texto de vocês,
    Realmente, Monty Python - Em busca do cálice sagrado é uma excelente opção para o ensino do Medievo. Logo no começo do filme, o Rei Arthur avista alguns camponeses trabalhando nas proximidades de um castelo. Nessa cena, ocorre um debate sobre poder político, com os camponeses não reconhecendo Arthur como rei deles. Apesar do humor da cena, ela revela que os camponeses não eram todos ignorantes e submissos, como se pensa, mas poderiam ter conhecimento de leis e sistemas políticos também. Isto posto, na visão de vocês, o filme poderia ser usado para debater estereótipos e generalizações sobre o Medievo também?

    Dalgomir Fragoso Siqueira (UPE)

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    1. Boa noite, Dalgomir! Tudo bem? Agradecemos a leitura do texto.
      O filme está repleto de ironias, sátiras e anacronismos perante uma visão historiográfica, cabe lembrar que o compromisso da obra e com o humor, mas é por meio desses elementos que é construído tanto o humor como a crítica para com a formar de pensar a Idade Média. Rompendo com a forma romantizada de se representar a Idade Média, “ Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado” vai de encontro com a forma hollywoodiana de retratar a temporalidade histórica. Dessa forma o cinema visto como meio de propagar tendências e ideologias, ferramenta bastante usada durante a polarização mundial. Cabe lembrar que esse filme é da década de 70 e logo e notável em alguns momentos referencias e críticas a esse período de bipolaridade política dentro da obra. Porém, a maior crítica da obra está direciona a própria indústria cinematográfica e a forma como ele tende a representar o medievo. Por fim, “ Monty Python – Em Busca do Cálice Sagrado” é uma muito rica que fornece sim a possibilidade de se construir um debate acerca de estereótipos e generalizações sobre o Medievo. Esperamos ter ajudado, e desde já agradecemos sua interação.
      Att: Luiz Carlos Santos

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  7. Passando apenas para parabenizar o artigo, boa opção de filme para elaboração de um plano pedagógico,como também ótima escolha de referencial teórico. Um forte abraço !!!


    José Victor Ferreira Rocha dos Santos

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    1. Olá, meu caro José Victor!
      Agradecemos bastante pela leitura do texto e, de igual forma, esperamos que tenha gostado tanto do nosso referencial teórico como da filmografia! Um forte abraço.

      Att: Alexandre Luiz da Silva

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  8. Olá prezados, parabéns pelo trabalho.

    Bom, considero de suma importância o trabalho em sala de aula tanto com produções cinematográficas quanto obras literárias, acredito que o uso de ambas enriquece as aulas de história, uma vez que o professor passa a mostrar aos alunos que o livro didático não é uma verdade absoluta, assim como também os filmes e livros paradidáticos, levando-os a compreender que os acontecimentos históricos não possuem uma verdade absoluta, contudo, possui múltiplas faces, e a versão sempre muda a depende de quem conta. Nesse sentido, o uso dessas ferramentas em sala de aula, deixa as aulas de história com uma nova cara, e claro, além de mais interessante, mas produtiva em termos de conhecimento e aprendizado. Mas bom, qual metodologia vocês usariam em sala de aula ao utilizar essas ferramentas didáticas?, em outras palavras, como que seria a aula de vocês ao utilizar tanto filmes quanto literatura?

    Att
    Josefa Robervania de Albuquerque Barbosa

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    1. Boa noite, Josefa Robervania! Tudo bem? Agradecemos a leitura da nossa produção textual.
      Bom, esse quem vos responde (Alexandre Luiz) tem como objeto e linha de pesquisa a literatura e o ensino de História antiga em sala de aula. Tanto a literatura, como filmes e outras fontes/ferramentas alternativas de fato dão uma cara nova para o ensino dentro de sala de aula e corroboram para uma relação de aprendizagem prazerosa. De forma objetiva e contemplando as palavras de Selva Guimarães: “Ao incorporar diferentes linguagens no processo de ensino de história, reconhecemos não só a estreita ligação entre os saberes escolares e a vida social, mas também a necessidade de (re)construirmos nosso conceito de ensino e aprendizagem” (FONSECA, S. G. 2003. p. 164.)
      São diversas as possibilidades de aplicação em sala de aula, seja através de debates discursivos, adaptações para peças teatrais e etc. Com tudo, é de extrema importância que o professor não se distancie do objetivo principal que nesse caso é atribuir ao aluno uma capacidade de interagir e compreender efetivamente o conteúdo.
      Acerca de uma possível adaptação de obras fílmicas e literárias para aplicação em sala de aula, concordamos que o melhor caminho seria a fragmentação (no caso do filme) de cenas que evidencie aspectos socioculturais (estruturas políticas, divisão social, economia e etc.) descartando, assim, cenas que não condizem com os nossos interesses. Em seguida deve-se associar esses fragmentos com textos auxiliares (seja o próprio livro didático ou textos da escolha do professor) que ajudem a interligar o filme com a contextualização teórica do conteúdo. No que diz respeito ao trabalho literário, e utilizando tanto das experiências em sala de aula com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) como do meu desenvolvimento de pesquisa através da literatura, é necessário que, segundo Selva Guimarães (2003), o profissional de História reconheça os limites entre o discurso Histórico e o Literário, que muito embora ambos sejam narrativos, a literatura (diferente do discurso histórico) não tem por obrigatoriedade a retratação da verdade, porém carrega consigo os aspectos das sociedades que a redigiu. Com isso em mente, o profissional em história consegue através do desenvolvimento lúdico (adaptação para peças teatrais, rodas de debates, adaptações para jogos e etc.) transpassar esses aspectos gerais da sociedade que produziu o texto literário assim como o exemplo do filme. Por fim, espero que, com êxito, tenha conseguido responder sua pergunta! Forte abraço.

      Att: Alexandre Luiz da Silva

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  9. Parabéns pelo texto! Trouxeram importantes considerações do uso do filme como mais um recurso para reflexão em sala de aula. Muitas vezes os alunos associam a História como algo que aconteceu e está distante deles; daí a importância de utilizar meios de aproximar os discentes do conhecimento e das discussões atuais.
    Karnal (2007) afirma que o aluno deve se perceber como um ser social, quanto mais o aluno sentir a História como algo próximo dele, mas terá vontade de interagir com ela. (KARNAL, 2007, p. 127-142).
    Assim, torna-se importante proporcionar debates e reflexões como abordados por vocês para que possamos ultrapassar o tradicional e inovar num ensino-aprendizagem críticos.

    Pablo Jeovane Santos Farias.

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    1. Boa noite, Pablo Jeovane! Tudo bem?
      Agradecemos a afirmação e, de igual forma, nos sentimos contemplado por ela. Ao trazer formas lúdicas e interativas de aprendizado para as salas de aulas, estabelecemos uma relação onde o próprio aluno participa ativamente junto ao professor no processo de estruturação da consciência Histórica. Utilizando das palavras de Rafael Ruiz: “trata-se, portanto, de ensinar aos alunos não a contemplar o “edifício de História” como algo já pronto, mas de ensinar-lhes a edificar o próprio edifício” (RUIZ, Rafael. 2013. p.77)
      Att: Alexandre Luiz da Silva

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  10. O curioso é que o filme serve tanto como um referencial a respeito da Idade Média (mesmo que sátiro, ainda com diversos elementos realistas), como também da atualidade. O grupo Monty Python tinha como marca registrada o humor ácido e a crítica constante aos problemas sociais e econômicos do mundo moderno. "Em busca do cálice sagrado" não deixa por menos. O questionamento do poder e quem tem ou não direito de usufruir de suas vantagens, o sensacionalismo da mídia, a revolta das classes operárias, tudo isso faz parte do filme. Esse filme, em sala de aula, gera uma ramificação de discussões pertinentes que pode levar semanas. Ótimo exemplo!

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    1. Boa noite, Christian! Tudo bem? Agradecemos a leitura do texto.
      A produção fílmica em questão, traz uma narrativa que possibilita uma ampla discussão, que por sua vez disponibiliza um leque de temáticas acerca do medievo. "Em busca do cálice sagrado”, além de um clássico é uma obra rica em detalhes que ao ser usada em uma sala de aula como ferramenta didática fornece uma gama de temas e discussões que ajudam tanto o professor como o aluno no processo de produção do conhecimento, sem contar que por se tratar de uma ferramenta lúdica esse processo acabar sendo algo prazeroso. Desde já agradecemos sua interação!

      Att: Luiz Carlos Santos

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  11. Antes de qualquer coisa gostaria de parabenizar a dupla pelo trabalho e, especialmente, pela escolha da fonte. "Monty Python - Em busca do cálice sagrado" é uma obra fantástica, a qual só tive o prazer de conhecer recentemente. É por conta de obras como essas que acredito, em contraposição à Rosenstone (2010), que não são apenas os dramas históricos que efetivamente podem trazer uma "história séria" e, por conseguinte, impactar de maneira mais efetiva a formação da consciência histórica. O trabalho de vocês ligeiramente nos mostra que uma "história séria" pode ser
    feita através do satírico, do cômico, de Monty Python.

    Acredito que aprofundar a discussão sobre como um filme deste gênero possui o potencial de afetar a maneira como vemos o passado poderia lapidar ainda mais o trabalho de vocês, no entanto, entendo que o formato requerido para a submissão do texto tenha limitado esta possibilidade. Seja como for, fica a recomendação para trabalhos futuros.

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    1. Boa noite, José Natal! Tudo bem? Agradecemos a leitura do texto.
      Agradecemos pela sua observação, e como já mencionado, devido ao formato requerido para submissão do trabalho tivemos que nos ater aos pontos que em nossa visão seriam de grande relevância, no entanto, a obra traz um grande acervo que proporciona uma ampla discussão tanto acerca do medievo como também a forma que ele é representado nas produções cinematográficas. Desde já agradecemos sua interação!

      Att: Luiz Carlos Santos

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  12. Boa noite Alexandre e Luiz Carlos!
    Me chamo Thiago, sou mestrando em história pela UFPR e professor de história em um cursinho solidário da região de Curitiba. Minha intervenção é na realidade mais uma curiosidade: vocês chegaram a realizar a aplicação desta proposta em sala de aula? Faço esta pergunta pois, apesar de amar Monty Python, me pergunto o quanto as piadas e narrativa em geral teriam apelo para um grupo adolescente. Vocês acham que este trabalho seria viável com um público de Ensino Fundamental, ou apenas Ensino Médio. E quais recortes seriam necessários para adaptar esta atividade a uma turma de sexto ano?

    Parabéns pelo texto e pela iniciativa de pensar conexões com o ensino básico.

    Abraços,

    Thiago Natário

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    1. Boa noite, Thiago! Tudo bem? Gostaríamos de agradecer a leitura do texto!
      Sobre a aplicação da proposta que se segue no texto, não chegamos a aplica-la efetivamente, muito embora utilizamos no desenvolvimento desse trabalho as nossas experiências através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) utilizando dos mesmos pressupostos teóricos e metodológicos para aplicação de audiovisuais em sala de aula. Dito isso, longe de ser um relato de experiência, o texto tem por objetivo oferecer ao leitor meios de como se pode aplicar essa ferramenta em sala de aula (dentre as mais variadas formas já existentes).
      Acerca da linguagem presente no filme, de fato o humor em “Monty Phyton em Busca do Cálice Sagrado” apresenta uma linguagem apelativa, porém para o uso de toda e qualquer fonte, faz-se necessário sua lapidação. Dessa forma, recortar cenas especificas, unindo-as a leitura teórica tanto do livro didático como de leituras complementares, pode ser um bom caminho a ser trilhado tanto para o ensino médio quanto para o fundamental. E se tratando especificamente do ensino fundamental, o professor, ainda, não deve se abster de adaptações da película devido a linguagem que essa apresenta e nesse ponto, a particularidade do professor frente as demandas curriculares devem imperar efetivamente para uma boa aplicação. Por fim, o filme “Em busca do Cálice Sagrado” é rico em vários aspectos no que diz respeito ao medievo e mais rica ainda são as variadas discussões que dele provém. Moldando-o de forma favorável frente as necessidades das turmas, acreditamos que sua aplicação trará ótimos resultados.
      Esperamos ter conseguido, com êxito, responder sua pergunta e mais uma vez agradecemos a leitura! Um forte abraço.
      Att: Alexandre Luiz da Silva

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  13. Caros Alexandre Luiz e Luiz Carlos,

    O tema do seu texto interessa-me muito. Desenvolvo uma pesquisa relacionada ao vícios e generalizações nas visões da Idade Média e os incontáveis erros que percebemos em discursos informais sobre a época, fora do meio acadêmico. Com certeza, os filmes e outras produções acessíveis a massa corroboram para tal. Em específico, o filme Monty Python Em busca do cálice sagrado é recheado de anacronismos e equívocos históricos, como bem apontado por vocês. De forma a acrescentar a sua interpretação, acredito que o filme, desde que acompanhado por uma discussão na sala de aula, possa justamente agir como material a partir do momento que confrontados seus equívocos e anacronismos. Desse modo, contribuiria ainda mais para o desafio de excluir do imaginário uma “Idade das Trevas”, ideia tão presente no filme quanto na sociedade atual, e por tanto, no pensamento dos alunos.
    Att, Juliana Santos Dinoá Medeiros

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    1. Boa noite, Juliana! Tudo bem? Agradecemos a leitura do texto.
      O filme Monty Python “Em busca do cálice sagrado” é uma obra que vai de encontro a forma predominante de se representar a Idade Média entre as produções cinematográficas, ou seja, essa obra faz frente ao modo romantizado e estereotipado de representar a idade Média. Contando com um orçamento reduzido e um avantajado uso de ironias acompanhados de anacronismos de forma intencional, essa obra faz critica a própria indústria cinematográfica. A escolha dessa obra como ferramenta para o ensino de história não se dá somente pela sua capacidade de trazer elementos severamente (ou não) coerentes com o período histórico onde sua narrativa se passa, mas, também, pela possibilidade de se construir um debate em sala, estimulando o pensamento crítico acerca da ideia pré-concebida de Idade Média. Desde já agradecemos sua interação!

      Att: Luiz Carlos Santos

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