A Idade das Mídias: o uso do entretenimento como ferramenta educacional - Daniel Henrique Alcântara & Emanoel da Silva

 Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

Graduando em História - Universidade de Pernambuco/Campus Mata Norte. Email: danielh.alcantara@gmail.com


Emanoel Alcides da Silva 

Graduando em História - Universidade de Pernambuco/Campus Mata Norte. Email: manualcides304@gmail.com


Breve considerações sobre educação

A partir do final do século XX, o mundo passou por muitas mudanças, seja na esfera política, econômica e as tecnologias a cada dia que passa foram se aprimorando decorrente dessas mudanças algumas indagações começam a pairar a respeito do sistema educacional, até a eficiência dos livros como método educativo passou a ser motivo de objeção por ser considerado desinteressante para grande parte dos alunos o que torna o ensino desencorajador. 


Com o avanço das tecnologias e o modo atual imediatista de se levar a vida, outra mudança aparente surge no modo de se enxergar o ensino, passa a se entender por muitos professores que os modos mais eficientes e melhores de ensino são aqueles que dão frutos a curto prazo, quanto mais rápido os resultados melhor, e quando o resultado é lento e progressivo, este não é viável e se deve provavelmente por ser chato, consequentemente não é eficaz, a respeito das mudanças ocorridas ocasionadas pelos avanços desenfreado das tecnologias Janice Theodoro na obra História na sala de aula (2007) fala que “Os avanços tecnológicos foram constantes na história da humanidade. As invenções do fogo, da cerâmica, da roda, do aqueduto, do uso do vapor etc. marcaram a vida de diferentes civilizações, mas foram alterando os hábitos lentamente.” 

Podemos entender então que essas mudanças na sociedade e no modo como passamos a levar a vida é algo natural, não tinham como serem evitadas, mas isso não quer dizer que não devamos tentar melhorar e que vamos apenas culpar a tecnologia pelos nossos problemas mas não vamos procurar alguma solução. 


Rafael Ruiz faz um comentário que corrobora a respeito dessa problemática “Qual deveria ser, então, o novo modelo para a história? Que perguntas deveríamos fazer ao nosso passado, ao nosso presente e ao nosso futuro? Qual poderá ser a tábua à qual possamos nos agarrar diante desse naufrágio dos vários modelos?” com essa análise apresentada, podemos notar que, realmente, não podemos apenas culpar a tecnologia, mas os autores e educadores estão em busca de uma nova forma de ensinar, um “novo modelo” para o ensino de História de modo que a ideia central é que consigam renovar os métodos tradicionais de ensino, perante essa nova geração de pessoas que vem  consumindo bastante informação em mídias digitais.


No livro organizado por Karnal, Jaime Pinsky e Carla Pinsky que são dois historiadores, falam sobre a influência que a internet tem no ensino, eles procuram trazer alguns problemas e pontuar algumas ideias sobre isso, também falam que esta colabora para o trabalho dos profissionais em questão, mais especificamente dos Historiadores.


[...] historiadores são convidados a trabalhar com planejamento urbano, com projetos turísticos, como consultores editoriais e empresariais, certos livros de História tornam-se best-sellers e novelas e filmes “de época” alcançam grande sucesso de público —, muitas escolas parecem caminhar na contramão da História (em todos os sentidos).  (Pinsky, Jaime e Bassanezi, Carla. 2007, p. 20)


É possível notar que passa a surgir um novo mercado para os historiadores, não só isso, mas que, a cada ano, passa a ser produzido uma grande quantidade de conteúdo que tem alguma relação com História, seja este acadêmico, como livros focados em um público menor, por se tratar de um nicho específico e também obras com o intuito de servir para entreter, que tenha algum contexto histórico relacionado à trama, seja uma novela, filme, anime ou mesmo um livro de fantasia, este que abrange uma grande parte da população e conquista mais e mais pessoas que gostam desse tipo de conteúdo para entretenimento, com isso, o interesse pela Idade média vem crescendo a cada década, há procura por filmes, séries, quadrinhos, novelas, livros, jogos virtuais ou RPGs de mesa com a temática medievalista, só aumenta no Brasil e no mundo. Apesar de que muitas dessas obras, se utilizam de um enredo Hollywoodiano com características e objetivos voltados ao lucro e não o de contar o que realmente acontecia naquela época.


O entretenimento como ferramenta para o ensino do Medievalismo

É importante se dizer, que o artigo não visa a destacar as mídias, como uma ferramenta para a salvação da crise educacional. E sim, como uma alternativa, buscando desenvolver nos alunos a criticidade em relação às leituras das diferentes mídias e o aprendizado do medievalismo nas escolas.


O entretenimento como ferramenta educacional é válida, não porque retrata com a veracidade dos fatos, acerca de temas Históricos. Mas, sim, porque instiga os alunos acerca daquele conteúdo. A procura por séries e filmes com a temática medieval só cresce no Brasil a cada ano. Séries como Vikings e Game of Thrones mostram como a procura por esse conteúdo vem crescendo a cada década como cita os autores:


Vikings conquistou audiência notável desde seu primeiro episódio; 8,3 milhões de espectadores na estreia, mantendo uma média de 4,3 milhões em sua última (3ª) temporada, o suficiente para garantir a confirmação de uma nova.  (GALLINDO; CUNHA. 2016, p.231)


O trecho acima mostra como o consumo do medievalismo através de meios audiovisuais vem aumentando e a procura por essa temática está ganhando adeptos por todo o Brasil com seus enredos e tramas atrativos para grande parte da população. 


Independente de qualquer análise com cunho acadêmico acerca da série, o que não é nosso intuito aqui, Vikings possibilitou uma nova visibilidade às temáticas concernentes ao mundo nórdico, à história e mitologia escandinavas, que, mais do que nunca, vêm se tornando mais próximas, mais acessíveis, mais presentes no entretenimento e nas mídias. (GALLINDO; CUNHA. 2016, p.232)


Apesar dos erros grotescos em relação ao que de fato se passava naquela época, o intuito da utilização do entretenimento como ferramenta pedagógica não seria o de mostrar o filme ou a série como uma verdade absoluta, mas, sim de transportar o seu aluno para aquela época, abordando cada ponto do filme com olhar crítico trazendo questionamentos, de maneira que o aluno viesse a ser instigado cada vez mais a procurar fazer uma leitura das Fontes. Os desafios enfrentados pelos profissionais da educação são muitos, uma sala de aula com suas limitações, falta de recursos adequados, entre outros aspectos, além disso, fica o questionamento: “como estimular altamente o sentido dos alunos para a leitura?”. Se um professor de ensino médio ou fundamental chegar para os seus alunos com vários textos sobre a idade média, muitos deles vão optar por não ler, pelo motivo de não acharem que aquele conteúdo faça parte da sua realidade. 


Noutras palavras, cada professor precisa, necessariamente, ter um conhecimento sólido do patrimônio cultural da humanidade. Por outro lado, isso não terá nenhum valor operacional se ele não conhecer o universo sociocultural específico do seu educando, sua maneira de falar, seus valores, suas aspirações. A partir desses dois universos culturais é que o professor realiza o seu trabalho, em linguagem acessível aos alunos. Diga-se de passagem, que linguagem acessível não é sinônimo de banalização. (Pinsky, Jaime e Bassanezi, 2007, p. 23)


É importante se atentar também que agora os alunos não vêm mais para dentro da sala de aula sem nenhum conhecimento prévio, como José Maria fala no seu artigo intitulado O ensino de História e o infinito banco de imagens: Êxodo, Deuses e Reis (2019) “Décadas atrás, uma boutade do intelectual norte-americano Gore Vidal alertava para uma incômoda realidade: a televisão daquele país funcionava como uma escola noturna” estes estão cercados de obras que trazem algumas percepções sobre o medievalismo, seja esse conhecimento algo verídico ou algo que apenas saiu do capricho de um roteirista, que normalmente são ideias estereotipadas ou apelativas para fazer o público se interessar e consumirem aquela obra 


[...] o Egito, o antigo Israel, o Cristianismo primitivo, as incursões “bárbaras”, não eram fatos verdadeiramente desconhecidos que somente podiam ser acessados através dos livros, mas antes sólidas memórias construídas nas salas de projeção e, posteriormente, nas residências, constituindo assim uma consciência histórica (Souza Neto, 2014, p.163)


As séries, filmes, animes, fazem parte da vida de muitas crianças e jovens do Brasil. Tendo em vista, que muitos não têm acesso a livros sobre o medievalismo. O entretenimento chega como uma ferramenta pedagógica alternativa, que faz parte do cotidiano deles. Os jovens e as crianças estão cada vez mais digitais, isso significa que uma criança de 10 anos com um celular em suas mãos tem acesso a informações que um homem há 30 anos atrás, não teria. Sobre a utilização do entretenimento, a autora Idayana Maria Borchardt Leite, comenta sobre o poder do desenho animado japonês e o seu poder para o ensino, ela argumenta: 


Quando produções como Dragon Ball, Bleach, Pokémon, Naruto, Inuyasha e Digimon chegaram ao país, com suas narrativas cercadas por batalhas, criaturas fantásticas, entre outras tramas envolvendo conflitos, lutas e exposição de sentimentos, elas passaram a compor as brincadeiras, diálogos e produtos de consumo dos alunos, cenário que se desenrola até os dias atuais, se renovando e se diversificando a cada nova produção que chega ao país (BORCHARDT, 2011, p.16).


Quando falado que a onda de obras que passam a ser produzidas que possuem elementos medievalistas, isso não se aplica apenas às mídias televisivas, o conteúdo medieval é uma fonte inesgotável isso em diferentes tipos de plataformas e diferentes mídias, uma outra alternativa para o professor, seria utilizar quadrinhos, seja estes os famosos HQs ou os mangás japoneses que com ambos dá para explicar sobre o medievalismo, no qual seria uma ferramenta facilitadora na aprendizagem dos alunos. Sobre isso Suzana Funk e Ana Paula dos Santos, argumentam que: 


O desenho em quadrinhos é um recurso que age como uma ferramenta facilitadora na aprendizagem infantil, tornando-se atrativo por chamar a atenção da criança. Para conquistar a criança, devem-se buscar caminhos agradáveis com a ajuda de ferramentas lúdicas, que contribuam para que haja compreensão e participação. ... O ideal é combinar recursos eficientes que se reforcem mutuamente, de maneira que os alunos obtenham o maior rendimento possível em sua aprendizagem. A história em desenho em quadrinho é um recurso visual, que pode ajudar nesse processo, principalmente pela sua capacidade de despertar o interesse da criança, fator que é muito importante para uma aprendizagem eficaz (FUNK; DOS SANTOS, 2010, p.02).


Richard Utz escreveu no seu artigo chamado medievalistas, não sejam esnobes (2015) “talvez nós temos que começar admitindo que, ao gozar de um esplêndido isolamento que nos permitiu aprender muito sobre a cultura medieval, nós falhamos ao compartilhar tal conhecimento com o público.” Ele aceita que os medievalistas pecam em não aproximarem seu ensino à vida de seus alunos, eles erram em ignorar essa fonte e que na realidade, os educadores precisam levar essa fonte em consideração.


As mídias não seriam passadas para os alunos de qualquer maneira, a utilização de entretenimento no ensino deve visar o desenvolvimento crítico dos alunos para que eles não venham crescer sofrendo com estímulos de enredos que são focados no que o público alvo gostaria de assistir, o que eles não percebem no momento mas que podem levar com que eles acreditem que tais fatos apresentados no meio audiovisual, são verídicos quando na verdade são criações romantizadas por diretores cinematográficos


A leitura crítica da mídia tem a preocupação de fazer análises críticas sobre as mensagens transmitidas pelo meio; a educação para a recepção possui como objeto de análise o receptor e também estuda diferentes maneiras de realizar a mediação entre os meios de comunicação e o receptor; a recepção ativa tem como objetivo fortalecer a capacidade reflexiva dos receptores, para que não se tornem passivos diante dos meios; a educação para a comunicação tem a finalidade de produzir mensagens, potencializando desta forma a capacidade comunicativa e; a alfabetização televisiva prioriza o ensino das linguagens vídeo-tecnológicas (SILVA; NEVES, 2011, p.03)


Segundo os autores Chepp, Masi e Pereira, existe uma idade média fantasiada, na qual teria a sua abordagem feita nos filmes, nas séries, nos jogos, livros, animes, entre outros, mas é importante entender que mesmo dizendo que existe essa fantasia em cima da idade média, os autores entendem que ao invés disso atrapalhar no ensino, se bem utilizada, pode ser uma importante aliada em sala de aula. Para os autores: 


A aprendizagem do conceito e a possibilidade de novas experiências com o passado, possam ser auxiliadas pela exposição do aluno às numerosas alternativas de representação e “(re)encenação” do passado, através de estratégias e de formas de expressão como a música ou as séries de televisão. Essas duas formas de expressão jogam o estudante para um mundo pré-conceitual e lhes proporciona uma experiência nua do passado. (...) Ora, o que se quer é justamente essa abertura, tão difícil de ser conseguida com o uso imediato de um texto didático ou de uma explicação do professor. Essa abertura não pode ser confundida com uma aprendizagem incorreta e inadequada que levaria o aluno a aceitar uma Idade Média fantasiada, mas é a força imaginativa dessa inserção de um mundo medieval fantasiado e inexistente na pesquisa histórica, o que pode permitir o aluno a pular do Caos a novas formas de conhecimento sobre a Idade Média. Ele poderá saber fazer a distinção entre o que é fantasia e o que é realidade histórica, mas igualmente saberá reconhecer as representações que os povos criam sobre si mesmos  e sobre os outros, e que estas podem ser transformadas em aprendizagens históricas (CHEPP; MASI; PEREIRA, 2015, p.951-952).


Para os autores, é possível sim a utilização de séries de TV e músicas como ferramentas para o aprendizado dos alunos, apesar da romanização que muitas dessas séries apresentam. A sua utilização pelos professores não deve ser descartada. Tendo em vista que o mundo mudou e as novas tecnologias vêm surgindo para facilitar a vida da população. Na educação não é diferente, apesar de que o conceito formal ainda permanece muito enraizado nas escolas onde se chegasse em uma sala de aula nos anos 90 e chegasse uma sala de aula nos dias atuais, não seria difícil saber quem eram o professor devido à certos costumes, modo de ensino e pedagogia permanecerem iguais, com o passar dos anos, perante a esse cenário nada atrativo para os alunos, no qual os mesmos nasceram na geração 5G em que a informação é super rápida é dinâmica o professor acaba encontrando dificuldades para passar o assunto aos alunos. Dessa maneira, as mídias e o entretenimento surgiram como uma ferramenta, que auxiliaria a aula fazendo com que os alunos se interessarem mais pelo conteúdo discutido o que seria benéfico para ambos.


As mídias têm um papel, que sendo utilizado de maneira correta, tem um potencial grande para ser explorado, devido a sensações que as mesmas produzem quando são assistidas pelos alunos. Outra característica que a utilização das mídias teria, seria o de aproximar professor e aluno, quebrando uma certa barreira que existe na relação dos dois. Pois quando o aluno, vê que o professor dele assistir as mesmas séries, filmes e animes e ainda consegue utilizar na aula, o aluno se sente mais à vontade para o diálogo com o professor. A utilização das séries e filmes de ensino possibilita um caminho de diálogo mais próximo entre professor e o seu aluno.


Referências Bibliográficas

CHEPP, B.; MASI, G.; PEREIRA, N.M. O potencial pedagógico da Idade Média  imaginada. Revista do Lhiste, Porto Alegre, n.3, vol.2, jul./dez. 2015.

SILVA, Priscila Kalinke; NEVES, Fatima Maria. Comunicação e educação: Um estudo da construção da memória infantil e a incorporação da cultura escolar do animê. 

Disponível em: http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2011/pdf/5/100.pdf. Acesso em: 12 de Agosto  2020.

GALLINDO, Daniele Gonçalves Silva; CUNHA, Maurício de Albuquerque. Para uma recepção do Medievo: A Temática Viking no Heavy Metal (1988-1990). Revista de História Comparada - Programa de Pós-Graduação em História Comparada-UFRJ

KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: contexto, 2007

MARIA, José Gomes de Souza Neto. O ensino de história e o infinito banco de imagens: Êxodo, Deuses e Reis (2014) Outros Tempos, vol. 16, n. 28, 2019, p. 162 - 183. ISSN: 1808-8031.

UTZ, Richard. Don’t be snobs, medievalists!. Tradução livre: Renan M. Birro. Acesso em 19 ago. 2020.

FUNK, Suzana; Dos Santos, Ana Paula. A educação Infantil apoiada pelo design gráfico através das histórias em quadrinhos. Disponível em: http://fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicios_publicaciones/actas _diseno/articulos_pdf/A4112.pdf. Acesso em: 20 de agosto de 2013. 

LEITE, Idayana Maria Borchardt. O poder do desenho animado japonês: Uma análise da relação entre os animes e a cultura brasileira. Janeiro 2011, 22 folhas, Trabalho de conclusão de curso. FACEVV (Faculdade Cenecista de Vila Velha) 2011.

Comentários

  1. Verdade, com o passar do tempo as coisas vão se modificando, a tecnologia avançando e os métodos usados em sala de aula vão ficando ultrapassado para os adolescentes que preferem sempre novidades e como fazer para eles não perderem o interesse em estudar de uma forma legal Mas que não prejudique o aluno com tal modernidade ?

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    1. Boa tarde! Tudo bem?

      Agradecemos a leitura do texto e a participação deste debate. Um grande desafio enfrentado pela educação no Brasil, é do desinteresse dos alunos em relação a aula. O aluno frequenta muita das vezes, mas não buscam participar, não mostram iniciativas em relação ao assunto o que acaba deixando o professor desmotivado. A alternativa apresentada para tornar as aulas mais legais e interessantes seria o da utilização do entretenimento como uma ferramenta, assim fazendo os discentes sentirem que a História não está distante, aproximando o assunto com o aluno este irá sentir mais vontade de interagir durante a aula e acabe aprendendo de forma prazerosa.

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  2. Prezados, ótimo texto! Para vocês, quais são os limites e as possibilidades para o trabalho com o entretenimento mostrado nas aulas de história? Até que ponto essas representações midiáticas não reforçam esteriótipos e imagens (im)pertinentes aos educandos?

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    1. Boa tarde Caio

      Agradecemos a leitura do texto. Como foi apresentado no artigo, o entretenimento viria como uma ferramenta educacional, com possibilidades de se trabalhar de várias formas pelo professor. Através de filmes, séries animes, entre outras possibilidades que o professor teria para fazer com que os alunos viessem ser provocados e instigados, a aprender mais sobre o assunto. Ao que diz respeito a um limite desses meios audiovisuais, é preciso entender que tem que ser uma obra com faixa etária condizente aos alunos e também ao tempo de aula que nós sabemos que é curto. Nos entendemos que as obras são ficcionais e precisamos fazer com que os alunos também entendam isso, é impossível pegar uma obra que siga exatamente como os fatos se ocorreram, vale ressaltar que está se quer é a ideia na qual as obras são feitas, o intuito é entreter, fazer o público gostar e consequentemente obter lucro. Caberia ao professor, utilizar também esses erros grotescos e esteriótipos abordados pelo filme ou série, as analisando para que os seus alunos aprendam e passe a ter um olhar crítico, a respeito do que consumem fora de sala de aula.

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  3. É muito importante diversificar as metodologias do ensino da história nos ensinos básicos, os alunos parecem não se intetessar pela disciplina, e atualmente ganham mais um incentivo por parte do governo atual que não sei com que intuito tenta acabar com as disciplinas de humanas. Como realizar aulas lúdicas de qualidade, se durante meu curso inteiro de história, apenas um professor se interessou em nos incentivar e ensinar a realizar o ensino de história através dos jogos, mídias, podcasts, dentre outros? Será que nossas formações deveriam ser mais um pouco voltadas para esse tema também?

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    1. Boa tarde, Matias Jorge! Tudo bem?

      Agradecemos pela leitura do nosso texto. Ótimo questionamento, Matias! Fazendo uma análise, ao atual cenário da educação no Brasil, percebemos que o ensino ainda continua, muito tradicional. Faço os questionamentos: “Qual profissional você deseja ser? e também, quais professores podemos levar como exemplo?” eu imagino que este professor que você citou deva ser um que tenha te marcado, temos a opção de continuar seguindo os métodos tradicionais ou optarmos por um outro caminho. Esse outro caminho, da utilização das mídias, é algo que muitos professores vêm com um certo preconceito, por isso muitos optam por continuar o tradicional ou pois eles aprenderam com estes métodos tradicionais e acharem que este seja o mais efetivo. Acredito que, deveria sim, ter uma formação que instigasse os graduandos, a se voltarem para esse tema. Entretanto, mesmo com esse cenário atual da educação, devemos buscar novas formas de ensino. A mudança começa, quando nós resolvemos mudar isso. Boa sorte e não desista!

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  4. Excelente texto, parabéns pelo trabalho e as referências e etc. Fica evidente a preocupação dos professores com o manuseio destas novas mídias. Ainda mais, em um tempo no qual o uso da tecnologia impulsiona o contato com os diversos entretenimentos e o papel do profissional de história é fundamental com esses ''novos lugares da memória'' como pontua Serge Noiret e o mesmo ainda acrescenta: “O historiador deve se oferecer como intermediário nas atividades do grande público com a história e a memória na rede. [...] '' (2015. p. 39- 40). Partindo dessa premissa, pensando em uma possibilidade de aplicação direta destas mídias, por qual método vocês pensaria em utilizar? Como seria de fato esta abordagem na prática? Levando em consideração o faixa de idade e a turma.

    José Victor Ferreira Rocha dos Santos

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    1. Boa tarde, meu amigo José Victor! Tudo bem? Excelente comentário e pergunta. Agradecemos a leitura do nosso texto. Sabemos que a educação no Brasil, enfrenta vários desafios onde os métodos tradicionais ainda perduram. A utilização das mídias em sala de aula, se daria no início com um questionamento para os alunos: "O que você entende por idade média", "O que você relaciona a Idade Média?". Dito isso, fariamos uma abordagem utilizando trechos de filmes e séries, para que viesse instigar e provocar os alunos, para uma participação maior em sala de aula. Com a utilização, dessas mídias conhecidas dos alunos, fariamos com que eles se sentisse mais à vontade para debater e participar das aulas. Na prática, ocorreria uma vez por semana, a aula, utilizando as mídias como uma ferramenta Educacional, de acordo com o conteúdo estudado na grade curricular, de maneira que iria ocorrer uma filtragem do conteúdo das cenas, de acordo com o ano dos alunos. No final, abordariamos os mesmos novamente, fazendo os mesmos questionamentos iniciais para perceberem se ocorreu mudanças na forma deles analisarem e entenderem aquela temática. Fazendo com eles venham aprender e ao mesmo tempo desenvolver um senso crítico, em relação ao que está assistindo.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  5. Parabéns pelo trabalho! Concordo demais com tudo que você disse. Atualmente, estou pesquisando sobre o uso da saga assassin's creed creed para ensinar história da arte. Tive a oportunidade de testar isso em uma turma de ensino fundamental dois, os resultados foram excelentes! A mídia se tornou uma ótima ferramenta para nos educadores, entretanto, muitas vezes ela atrapalha um pouco, pois há muitas pessoas que acham que o herói Kratos (God of War) realmente existiu e matou os deuses do Olimpo, do mesmo modo que outros acham que as famílias de Mecenas (como os Borgias ou os Medicis) eram terríveis vilões como é apontado em assassin's creed brotherhood.
    Abs,
    Aurélio Henrique Barros Arruda Rocha

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    1. Boa tarde, Aurélio Herinque! Tudo bem?

      Agradecemos pela leitura do texto. Excelente análise! concordo plenamente. Elas devem ser utilizadas de uma forma correta pelo professor. Muitas dessas mídias acabam romantizando situação, ações e contextos que não se passavam na época, devido a serem produzidas por estúdios, que visam ao lucro. A missão do profissional da educação utilizar essa ferramenta pedagógica não como uma verdade concreta, mas sim de transportar o seu aluno para aquela época abordando aspectos do jogo no qual o seu aluno joga no cotidiano fazendo o que ele sim interesse pelo conteúdo abordado pelo professor. Entretanto deve-se buscar desenvolver nós alunos a criticidade em relação às leituras dessas diferentes mídias.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Olá, Daniel e Emanoel

    Parabéns pela temática muito pertinente! Educação é um assunto que deve ser debatido sempre e metodologias para o auxílio da construção das noções históricas do aluno é muito fundamental!
    Tenho uma pergunta fruto de uma não compreensão minha. Vocês afirmam que o entreterimento é pensado aqui

    como uma alternativa, buscando desenvolver nos alunos a criticidade em relação às leituras das diferentes mídias e o aprendizado do medievalismo nas escolas. (frase de vocês)

    E conforme o texto ia se desenvolvendo, o uso da palavra 'medievalismo' ia se repetindo de uma forma que, a meu ver, parecia ter relação mais com Idade Média ou medievo que com medievalismo. Eu sei que nas regras diziam não fazer perguntas genéricas como 'o que é medievalismo?', mas a noção com a qual eu estou acostumada do conceito é:
    Significado a elementos medievais reformulados, adaptados e/ou transformandos em outros períodos. Exemplo: anões serem barbudos, magos serem idosos e outros.

    Dito isto, quero saber, vocês entendem da mesma forma que eu ou não?

    Assim, finalizando, a proposta aqui é trabalhar Idade Média ou medievalidade, ou ambos? Acho que não entendi muito bem e peço desculpas pela confusão.

    Outro questionamento é mais pessoal: vocês já tiveram alguma experiência de estágio e utilizaram dessas mídias para mostrar aos alunos elementos da Idade Média ou representações sobre a Idade Média? Se sim, gostaria de saber como foi.

    Obrigada desde já pela atenção e bom dia!

    PS. Peço desculpas por ter removido o comentário anterior, tinha mais questionamentos e resolvi publicar outro comentário.

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    1. 6. Boa noite, Lunielle Bueno! Tudo bem?
      Agradecemos pela leitura do texto. Sua análise foi perfeita, em relação ao texto. Concordo, com o conceito utilizado por você, para explicar o medievalismo. Vamos por partes. Em primeiro lugar, não precisa se desculpa. Peço perdão, se deixamos dúvidas, em relação a proposta. Dito isso, a proposta seria de trabalhar, com ambos. Tendo em vista que, no atual cenário da educação no Brasil, é pouco abordado sobre tais temáticas. Onde a grade curricular prioriza outros conteúdos e quando são apresentados, o aluno não mostra interesse pelo assunto, por acreditar que aquele assunto não faz parte do seu cotidiano. O objetivo seria de primeiro, fazer com que o aluno se interesse pelo assunto, se utilizando das mídias, como alternativa. Mostrando que a série e filme, que faz parte do cotidiano do jovem e da criança, é sim, uma alternativa educacional. Todavia, sendo utilizado de maneira correta. Segundo ponto. Sim, sabemos que o atual cenário da educação no Brasil, não é algo fácil. Quarenta alunos em uma sala, onde o professor precisa controlar todos e ainda repassar o conteúdo para os alunos. Tendo em vista, que muitas das vezes as escolas não terem recursos e isso acaba prejudicando a aula. Entretanto, a nossa experiência foi bastante proveitosa. Trabalhamos essas mídias, em uma feira medieval em uma empresa de cursos profissionalizantes, onde tivemos mostras de filmes e trechos de séries, nas quais os alunos mostraram bastante empolgados com a utilização dos mesmos.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  8. Parabéns por essa explanação nesse assunto e de grande importância a utilização de novos recursos midiáticos para o aprendizado na sala de aula. Gostaria que fosse possível falar um pouco sobre jogos ou novas metodologias nessa temática de medievalidade pois temos um enfrentamento na utilização de novas formas tecnológicas visto que com essa modernidade alunos vem perdendo o interesse das aulas por causa do modelo tradicional que ainda vigora na sala de aula.

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    1. Boa tarde, Edilson! Tudo bem?

      Agradecemos pela leitura do texto. Fazendo uma reflexão sobre o ensino da história nos dias atuais, o desinteresse dos alunos é algo muito preocupante. Devido a muitas das vezes a falta de recursos didáticos, de metodologia inovadora e devido, também, ao próprio professor, que se apega a métodos tradicionais e opta por fechar os olhos à modernidade. Através da utilização dos filmes e jogos como ferramentas educacionais, teria como objetivo uma aproximação entre professor aluno para que dessa maneira aprendizagem se torne mais atraente e motivadora para o aluno. Fazendo com que o aluno viesse ser provocado e instigado cada vez mais a aprender e estudar sobre a temática abordada em sala de aula.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  9. A mídia e a tecnologia realmente auxiliam muito no processo de aprendizado, entretanto, há certos casos em que a mídia pode inventar isso e dificultar esse processo, sendo que os filmes/jogos podem fornecer uma ideia completamente errônea sobre alguns fatos históricos, sobretudo no período medieval, um exemplo disso é o fato de muitas pessoas acreditarem que existiram dragões, elfos e seres mágicos, isso devido a filmes como "O Senhor dos Anéis" e jogos como "The Elder Scrolls V : Skyrim". Então, devemos sempre nos atentar a isso.

    Ass: Mikaela Stephany Vieira Assunção

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    1. Boa tarde, Mikaela! Tudo bem?

      Agradecemos pelo leitura do texto. Concordo com a sua análise. Sendo utilizado de forma errada os meios audiovisuais podem dar uma visão errada da história aos alunos. todavia elas não seriam só passadas, por passar. Como está presente no artigo, apesar de erros grotescos em relação ao que de fato se acontecia na época. O intuito dessas mídias, não seria de mostrar aquele filme ou série como uma verdade absoluta e intocável. Mas, sim, de transportar o seu aluno para aquela época, abordando aspectos do filme com um olhar mais crítico. É importante frisar, que esse artigo não visa destacar as mídias como ferramenta para a salvação da crise educacional e sim como uma alternativa buscando desenvolver nos alunos a criticidade em relação a leituras de diferentes mídias.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  10. Muito pertinente as reflexões aqui abordadas, parabéns pelo seu trabalho! O aluno hoje chega a sala de aula com certo conhecimento e o professor precisa se atualizar e buscar novas abordagens; tanto no aspecto de conhecer as mídias como de utilizar metodologias que possibilitem o aluno refletir e construir significados. Como abordam Guimarães e Silva que
    “a proposta de desenvolver competências e habilidades nos alunos visa atender à necessidade de melhoria do ensino e acompanhamento das transformações tecnológicas, além da preparação para o exercício da cidadania. [...]” (GUIMARÃES, SILVA, 2007, p. 75). Portanto, utilizar das variadas mídias e recursos é necessário, mas que sejam encaminhados com novos estudos a fim de desenvolver habilidades e o gosto em aprender por parte do alunado.

    Pablo Jeovane Santos Farias.

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    1. Ótima analise Pablo Jeovane, boa noite e obrigado pela participação no debate

      Os professores realmente precisam se atualizar, sobretudo os professores de História, estamos sempre evoluindo e com a educação não pode ser diferente, o método tradicional de ensino a muito tempo tem se mostrado não ser o melhor e mais efetivo, precisamos pensar novos métodos e ferramentas para auxiliar a profissão do professor. As tecnologias fazem parte de nossas vidas, isso não tem como ser mudado, então precisamos achar maneiras de atrelar esta tecnologia ao ensino, tornando-a não apenas uma mera fonte de informações avulsas, que pode fazer com que as crianças acreditem em estereótipos e fantasias assim tendo uma ideia errada dos fatos Históricos, mas ensinando os alunos a ter um olhar crítico para saber filtrar essas informações contidas nos meios audiovisuais para que ao invés de prejudicar os estudos filmes se tornem aliados dos professores.

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  11. Gosto muito de estudar o medievo mas tenho muito cuidado ao indicar filmes e séries por receio de propor um material que não seja tão confiável.
    Assim, dentre os filmes e séries que estão no mercado, quais aqueles que são mais plausíveis para o ensino de história medieval? (na educação básica).

    Parabéns pelo trabalho!
    Cleberson Vieira de Araújo

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    1. Olá Cleberson, boa tarde

      Fico feliz em saber que você gosta de medievo, olha, o seu cuidado é justificável, eu entendo o seu medo por que estamos tratando de uma ferramenta que não tem como proposito se ater a realidade então muito vai sair do imaginário do autor logo a obra terá muitas fantasias e erros históricos, mas como trabalhado no artigo, mesmo com esses erros e romanizações é possível sua utilização em aula. A sua pergunta é difícil de ser respondida, na hora de se escolher o material a ser utilizado em aula é preciso levar em consideração os alunos, de que tipo de turma estamos falando, qual é a realidade daqueles discentes, sem pensar nos alunos seria complicado escolher uma obra que faça eles se interessarem na aula, assim mesmo sendo trabalhada as mídias em sala o foco que é fazer o aluno se sentir incluído e próximo do tema para que este se interesse e participe ativamente do debate e assim aprenda e passe a gostar da matéria. Podemos além de analisar a realidade daqueles alunos escolher preferencialmente obras que não sejam muito grandes, já que nem sempre temos muito tempo e se a obra for muito grande os alunos podem perder o interesse e acha-la monótona, uma ideia interessante para esse tipo de obra seria trabalhar não com a obra completa mas fazer recortes de partes especificas e trabalhar em cima

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  12. Muito interessantes as observações e reflexões.
    Algum dos dois expositores tem experiência em sala de aula, tem experiência aplicando o entretenimento como ferramenta educacional.
    Que sugestões teriam para aplicar o *entretenimento" como ferramenta de ensino?

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    1. Boa noite, Sabina dos Santos! Tudo bem?

      Agradecemos pela leitura do texto. Sim, temos experiência em sala de aula, abordando essa temática com os alunos. Uma sugestão para a aplicação do entretenimento como uma ferramenta de ensino, seria o de ter cuidado com a sua utilização, veja bem, se você vai passar uma mídia ou algo do tipo é necessário pensar no motivo para fazer o mesmo. De maneira alguma, passar meramente, por passar, mas sim, é importante uma finalidade para tal, fora isso é importante sempre fazer análises críticas a respeito do conteúdo assistido. O entretenimento seria utilizado como uma fonte, na qual o professor mostraria os pontos positivos e negativos. Outra sugestão, seria o de ter cuidado com a escolha dos filmes e séries, adequando a faixa etária dos alunos e o conteúdo estudado na grade curricular, fora é claro se atentar ao tempo que vai ser gasto, já que o tempo muitas vezes é curto.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  13. Daniel Tiago de Vasconcelos: Creio que o texto apresentou um panorama/movimento do impacto de diferentes mídias no que poderia ser chamado de cultura histórica. Os autores se aproximam do uso de temporalidades recuadas representadas em mídias para desenvolver elementos da consciência histórica, ou estão mais próximos de um esforço de alfabetização midiática e alfabetização histórica, ou seja, visando que o trabalho/mediação dos professores seja fomentar nos estudantes em geral um 'como lhe dar e posicionar historicamente' diante de tantas representações que evocam o passado? Além disso, foi destacado o elemento de consumo das reminiscências medievais e neomedievalismo, esse elemento não deveria ser usado como necessidade de problematizar as atuais relações com o passado e conteúdo histórico, e menos como apenas legitimador do uso de uma tecnologia 'nova' no ensino? Bom trabalho e prossigam na pesquisa.

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    1. Boa tarde, Daniel! Tudo bem? Excelentes comentários e uma análise perfeita. Agradecemos a leitura do texto. Isso foi bastante debatido entre os autores do artigo. Analisamos as mídias como Fontes, para o ensino da história em sala de aula. As mídias estão aí e pelo que observamos, vieram para ficar. Os alunos continuaram assistindo e consumindo séries, filmes, jogos e animes, relacionados a essa temática. O profissional de educação, deve ter um posicionamento, visando sempre, a melhoria do ensino, buscando cada vez mais alternativas, para que faça com que os alunos venham entender, compreender e se interessar pelo assunto debatido em sala de aula. Cabe ao profissional de educação, optar ou não, pela escolha das mídias como uma alternativa para o ensino. Como foi frisado nosso artigo, não queremos colocar as mídias e entretenimento, como uma alternativa que irá ser a salvadora da crise que perdura por alguns anos na educação, onde os alunos comentam que não estão sendo provocados e instigados, e ficam se perguntando o motivo de estar aprendendo aquilo se nunca vai usar esse conhecimento em sua vida, isso se deve ao distanciamento da História e a realidade da vida dos alunos. O objetivo seria de mostrar, como alternativa que viesse desenvolver nos alunos a criticidade, relação a leituras das diferentes mídias e instigar o interesse pela História.



      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  14. Olá, parabens pelo texto! Também trabalho com esse tipo de recurso em algumas tematicas e gostaria de saber qual o maior desafio que voces consideram e qual sao suas impressões sobre o aprendizado do aluno e sua participação.
    Obrigada

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    1. Boa noite, Gabrielle! Tudo bem?

      Agradecemos a leitura do texto. Uma sala de aula com suas inúmeras limitações, na grande parte do Brasil, tornando ainda mais difícil o estímulo para os alunos em relação ao ensino. Nosso atual cenário educacional, coloca de trinta a quarenta estudantes em um espaço limitado, para serem administrados pelo professor. Um dos maiores desafios encontrados, seria o de perante a esse cenário que muitos professores encontram, todos os dias, de repassar o conteúdo para os seus alunos, que não se interessam pela matéria mas aproximando o assunto com o aluno este irá sentir mais vontade de interagir e se interessar durante a aula e passe a aprender mais, que é justamente a ideia que usamos para trabalhar as mídias em sala, para ajudar nessas dificuldades que nos educadores enfrenarmos

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  15. Olá, achei o texto bastante pertinente

    Na perspectiva de vocês, quais os principais critérios que o profissional de história deve estabelecer na escolha de mídias para se trabalhar o ensino de Medievo?

    Att
    Dalgomir Fragoso Siqueira (UPE - Mata Norte)

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    1. Olá Dalgomir, obrigado por comentar, alguns critérios importantes quando está escolhendo um produto a ser trabalhado em sala, no primeiro momento precisamos analisar se este corresponde a faixa etária dos alunos, se não for o caso pode confundir mais a cabeça dos alunos do que ajudar na aula outra coisa importante é analisar quanto tempo você pode disponibilizar para trabalhar esse filme ou vídeo, nós entendemos que o tempo de aula é escasso então é bom dar preferência a obras que não seja longas, muitas vezes será necessário ainda fazer recortes dessa obra, pois não haverá tempo para trabalhar ela completa então quais partes serão escolhidas para trabalhar

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  16. Olá, bom dia, parabéns pelo texto

    De fato, as mídias e entretimentos são bem presentes na vida das crianças e adolescentes, além dos jovens adultos, se fazendo necessário a adesão das mesmas a sala de aula. Contudo, teoricamente falando sabemos o que deve ser feito e como deve ser feito, porém, na prática as coisas não saem, nem sempre, da maneira que planejamos ou que julgamos correto. Nesse sentido, qual seria a metodologia de vocês para fazer um bom uso das mídias, no ensino de medievo, dentro da sala de aula?

    Att
    Josefa Robervania de Albuquerque Barbosa

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    1. Boa tarde, Josefa Robervania! Tudo bem? Parabéns, pela excelente análise e pergunta. Agradecemos a leitura do texto. Sua análise está perfeita. Qual o maior desafio, que poderia se encontrar utilizando as mídias como alternativa para a educação? Concerteza, um dos principais seria o de se colocar em prática. Perante as inúmeras dificuldades que sabemos que existem nas escolas. A metodologia seria implementada aos poucos, na sala de aula. Com aulas expositivas no início, se utilizando de uma aula por semana. Começaria com questionamentos para os alunos: "O que você entende por idade média?", "O que você relaciona a idade média?". Não seria surpresa, se muitas dessas respostas, estejam ligadas ao que eles consumem, através do entretenimento. De acordo com as respostas dos alunos, começaria um debate em sala de aula, fazendo provocações a respeito da temática abordada. No decorrer das semanas, se utilizando de trechos de filmes e séries, iria indo desmistificando aquela visão que muitos tem sobre a idade média.
      Como foi abordado no nosso artigo. Não temos com objetivo, destacar as mídias como a salvação da crise educacional e do modelo que perdura a anos. E sim, como uma alternativa, buscando desenvolver nos alunos a criticidade em relação às leituras de diferentes mídias.


      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  17. Olá, boa tarde, parabéns pelo texto.
    Até que ponto as mídias tecnológicas são benéficas para o ensino de história medieval, sem que tire o foco da essência do ensino?
    Att. Amando Silva de Lima Reinaldo

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    1. Boa noite, Amando Silva! Tudo bem?
      Agradecemos pela leitura do texto. Como foi apresentado no artigo, a utilização da mídias na educação, surge como uma alternativa na qual vai auxiliar o professor na sua aula. A sua utilização é benéfica, quando utilizada de forma correta pelo profissional. Escolhendo o filme ou série, que se adeque ao conteúdo estudado e a faixa etária dos alunos. o intuito das midias que estamos propondo não é o de simplesmente entreter. Mas, sim, que da mesma forma que o livro didático é utilizado como ferramenta educional, a mídias também entre nessa análise. São prejudiciais, quando o professor permite que certas romantizações desses filmes, perdure no imaginário das crianças e jovens, como uma verdade concreta sobre o que aconteceu naquela época. Cabe ao mesmo, guiar os seus alunos, ao um olhar crítico em relação aquilo que ele está assistindo.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  18. No contexto educacional contemporâneo, é indispensável o uso de metodologias variadas no ensino de História em sala de aula. O uso de filmes, livros, jogos, dentre outros, prendem a atenção do aluno e instigam a curiosidade sobre os estudos do passado. Entretanto, o uso de obras cinematográficas muitas vezes acaba deixando a aula "desinteressante" por inúmeros motivos. No caso do uso de filmes sobre o Período Medieval, de que forma podemos aplicar tal metodologia em sala de aula sem deixar a aula "cansativa"?


    Talita Taline da Mata Silva

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    1. Olá, Talita obrigado pelo comentário

      Nós concordamos quando você fala que os professores precisam de metodologias variadas e que as mídias instigam o aluno a ter curiosidade e a prestar atenção. Interessante pergunta e para responde-la precisamos entender o motivo de estarmos pensando em trabalhar com mídias audiovisuais, estamos propondo uma ferramenta para ajudar, mas se de fato não está ajudando, se a aula está ficando desinteressante pode ser por que a escolha de obra talvez não seja a mais acertada, você precisa pensar se para os alunos, este filme vai ser interessante, se não está sendo é provavelmente pois essa obra não está se aproximando da realidade da vida dos alunos, mesmo sendo uma ferramenta que faz parte de seu cotidiano, o conteúdo da obra está muito distante, se esse não for o caso a obra pode ser grande demais e monótona e isso pode acabar atrapalhando, independente de qual desses ou outros casos a ideia de trabalhar as mídias para aproximar o assunto Histórico e os alunos não está surtando nenhum efeito positivo então talvez seja o caso de em futuras situações procurar outras obras, o professor deve estar se atualizando e mudando para atender as necessidades de seus alunos, é benéfico escolher uma que dialogue mais com a realidade dos discentes e que seja curta para não ser cansativa, a ideia de fazer recortes para trabalhar em cima de algumas partes chaves também pode ser levada em consideração tornando a aula mais dinâmica

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  19. Respostas
    1. muito obrigado pelo elogio, de verdade, nós ficamos bastantes felizes com os elogios que recebemos sobre nosso artigo


      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  20. Olá Daniel Henrique e Emanoel Alcides, tudo bom? Primeiro parabéns pelo excelente texto. Souberam trabalhar bem uma ferramenta tão importante e debatida na atualidade, principalmente, em tempos de pandemia.
    Como citado no decorrer do texto, o século XX é carregado de mudanças e avanços no método educacional brasileiro, de repente o espaço escolar ganhou a companhia da internet e das mídias para trabalhar o ensino de história. Desta maneira e partindo do pressuposto do ensino medievalismo, lhes pergunto: O uso da internet para o aprendizado torna-se mais eficaz que os conteúdos trabalhados nos livros didáticos, tendo em vista que os mesmos possuem esta temática simplificada?

    Kleitson Emanuel da Silva.

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    1. Boa noite Kleitson Emanuel, que bom que você comentou, veja bem inicialmente é importante entender que a utilização dessa alternativa como ferramenta educacional que no caso estamos falando das mídias audiovisuais, seria mais uma fonte ou mais uma ferramenta que viria para beneficiar o ensino e de fato entendemos que este é uma ferramenta que provavelmente ajudaria mais do que o ensino tradicional na qual estamos acostumados, então você estaria certo se falasse que esta ferramenta seria mais eficaz, mas dizer que é mais eficaz do que os conteúdos trabalhados em sala, não está necessariamente certo, pois a estamos trabalhando partindo da ideia que o audiovisual é uma ferramenta educacional, não um conteúdo em si.

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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  21. Izabelle Teixeira da Rocha1 de setembro de 2020 às 19:29

    Prezados Daniel Alcântara e Emanoel da Silva,

    Adorei o texto! Uma ótima leitura e explanação acerca do uso das mídias na sala de aula. Algo interessante me chamou a atenção foi o fato de que o aluno não entra na sala de aula desprovido de conhecimento e informação, e é dever do professor adaptar seu método de ensino à realidade dos alunos. Infelizmente vemos que ainda hoje persiste aquele método antigo de decorar assuntos sem trazer uma conexão com o presente e nem de envolver o aluno à criticidade, ao pensar por si.
    E essa questão das séries e filmes com a temática medieval, por estarem em voga hoje, realmente são um ótimo instrumento para a criança e o jovem aluno, já que faz parte do universo deles. Isso faz com que a História passe a ser interessante.

    Parabéns pelo texto!!

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    Respostas
    1. Boa tarde, Izabelle Teixeira! Tudo bem? Muito obrigado pelo elogio, de verdade, nós ficamos bastantes felizes com o seu elogio, sobre o nosso artigo. Sua análise foi perfeita. Nos dias atuais, o aluno entra em sala, com um conhecimento adquirido. Muitos pertinentes a respeito do assunto e outros intrigantes. O professor não pode fechar os olhos, para essa modernidade e nem para o conhecimento desses alunos. O que acontece quando o professor, opta por fechar os olhos é a falta de interesse dos seus alunos. Onde sabemos que a disciplina de História é uma das principais, na formação de um cidadão com senso crítico. Parabéns, pela sua análise perfeita e um abraço.

      Att: Emanoel Alcides da Silva

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  22. Olá Henrique e Manoel.
    Quero primeiramente agradecer pelo trabalho, pois buscou tratar a questão da mídia e seus uso na história no medievalismo. Sou professor da educação básica e utilizo esse recurso pra aproximar o aluno da temática. Gostaria de saber: quais os critérios para seleção de filmes que tratam do medievalismo e que podem servir de mediação com a temática em questão?

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    1. Olá, Julio nós agradecemos a sua participação através do comentário

      Esta é uma boa pergunta, em nossa profissão uma parte importante dela está fora de sala de aula, quando estamos nos preparando. Nós ficamos felizes em saber que gostou da questão que levantamos e também que utiliza este recurso. Quando você está pensando em escolher uma obra para trabalhar em sala uma das coisas que temos que analisar é o tamanho do filme, sabemos que o tempo muitas vezes é curto então não podemos nos dar ao luxo de perder tempo precioso, então temos que utilizar o tempo ao máximo ao nosso favor, vamos dar preferencias a obras curtas, uma ideia também é não trabalhar a obra completa, fazendo recortes de partes importantes para auxiliar no decorrer da aula e trabalhar em cima dela. Outra coisa importante é pensar, o motivo de estarmos pensando em trabalhar com mídias audiovisuais, então você precisa pensar se para os alunos, este filme ou serie vai ser interessante? Se você escolher uma obra que, para os discentes seja desinteressante talvez a ideia de trabalhar as mídias para aproximar o assunto Histórico e os alunos não surta nenhum efeito

      Att: Daniel Henrique Oliveira de Alcântara

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